Considerando que o homem de Deus tem realmente a sua vida disposta no altar, ou seja, corpo, alma e espírito no altar, verificam-se alguns mandamentos fundamentais para que o servo seja usado para gerar filhos de Deus e, assim, glorificar o Senhor Jesus.
A consideração que ele tem para com o povo deve ser exatamente a mesma que ele tem para com Deus, pois assim está escrito: “Se alguém disser: Amo a Deus, e odiar a seu irmão, é mentiroso; pois aquele que não ama a seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê.” (1 João 4.20).
Também é obrigação do homem de Deus chorar na luta pelo povo que Deus lhe tem enviado. Cada homem de Deus representa o Senhor Jesus, e cada pessoa que chega na igreja é enviada pelo Espírito Santo, a fim de que o Seu servo mostre o caminho da salvação àquela criatura e, uma vez salva, ela irá glorificar o Senhor Jesus. Foi por isso que Ele disse: “Ninguém pode vir a mim se o Pai que me enviou não o trouxer...” (João 6.44). Além disso, o Senhor Deus disse através do Seu servo Joel: “Chorem os sacerdotes, ministros do Senhor, entre o pórtico e o altar, e orem: Poupa o teu povo, ó Senhor, e não entregues a tua herança ao opróbrio, para que as nações façam escárnio dele. Por que hão de dizer entre os povos: Onde está o seu Deus?” (Joel 2.17). Quando o homem de Deus tem a sua vida no altar, ele jamais faz a obra de Deus relaxadamente.
O profeta Jeremias disse: “Maldito aquele que fizer a obra do Senhor relaxadamente!” (Jeremias 48.10). Fazer a obra de Deus relaxadamente é como enfrentar o pior inimigo com uma arma qualquer.
Quando o homem de Deus tem a sua vida no altar, ele tem fome e sede de ganhar almas. E enquanto isso não acontece, ele se sente tal qual se sentiam Sara, Raquel e Ana. Elas sentiam amargura de alma, vergonha e humilhação. Esses sentimentos estão sempre importunando o homem de Deus “estéril”. Por isso, ele não se envergonha de chorar diante de Deus, pedindo almas.
A alegria e o gozo do homem de Deus acontecem quando ele vê, diante de seus olhos, as pessoas nascerem de novo. Não há satisfação maior naquele que tem a vida no altar que ver as pessoas, que outrora pertenciam ao reino das trevas, tendo hoje a plenitude do Espírito Santo. Ele pode, então, vê-las com semblantes limpos, alegres e felizes, glorificando o nome do Senhor Jesus Cristo.
O homem de Deus não tem ciúme e nem inveja quanto ao desenvolvimento do seu colega de ministério. Pelo contrário, ele se regozija com o seu crescimento e ora para que ele dê ainda mais frutos.
Se a vida dele está totalmente no altar, então ele é como aquela mulher da parábola da dracma perdida, conforme ensinou o Senhor, dizendo: “Ou qual é a mulher que, tendo dez dracmas, se perder uma, não acende a cadeia, varre a casa e a procura diligentemente até encontrá-la? E, tendo-a achado, reúne as amigas e vizinhas, dizendo: Alegrai-vos comigo, porque achei a dracma que eu tinha perdido.” (Lucas 15.8-9).
Finalmente, o homem de Deus, que tem a vida no altar, não se preocupa apenas em ganhar as pessoas para o Senhor Jesus, mas sobretudo fazê-las discípulas. Essa, aliás, é a característica mais acentuada do homem de Deus consagrado: ele se preocupa em fazer discípulos mais do que qualquer outra coisa, pois sabe que o desenvolvimento do Reino de Deus neste mundo depende de homens que tenham o mesmo caráter do Senhor Jesus.
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